terça-feira, 27 de março de 2012

Tecnologia + Publicidade = QR code.

O código QR é uma imagem em 2D que ao ser capturada por um smartphone transforma-se em uma animação ou conteúdo digital exibida na tela do celular.  (Referência: QR code Blog) Ultimamente o QR code tem sido utilizado de diversas maneiras, de tatuagens interativas à publicidade.   Na publicidade o maior objetivo é estimular uma relação interativa entre consumidor e marca.
A imagem em 2D pode ser lida tanto em vertical como horizontal permitindo que os anunciantes utilizem todo o espaço necessário e criativo do código. Embora seja uma forma inovadora e tecnológica de anunciar, pesquisas indicam que apenas 6% dos proprietários de smartphones utilizam este recurso.  Assim como a realidade aumentada,  alguns consumidores ainda não sabem como fazer o QR code funcionar ou simplesmente não são motivados o suficiente para testar a função.
Observamos um case que teve grande repercussão e aumentou a visibilidade do QR code. Em um festival de música, a Leo Burnett lançou uma ação publicitária para a Heineken. O maior objetivo era “quebrar o gelo”, ou seja, facilitar a interação social entre as pessoas que assistiam ao festival. Criou uma tenda que produzia QR codes personalizados pelo consumidor e que viravam adesivos para serem colados aonde quisessem (camisas, bonés, etc.). As pessoas se divertiam fotografando os códigos dos outros e descobrindo a mensagem de cada um.
O QR code já é uma proposta interativa para o consumidor por si só, mas a Leo Burnett e a Heineken foram além da relação “consumidor e marca”. Ela promoveu a interação entre consumidor e consumidor, resultando em uma diversão estimulada pela marca anunciante. Pessoas do mundo inteiro comentaram sobre esta ação por ser inovadora, criativa e divertida.
Isto mostra que o QR code tem grande potencial no mundo publicitário se usado de forma diferenciada. Além de tudo, a tecnologia ainda tem muito espaço para crescer na publicidade.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Um jogo de posse e acesso.


 Em um mundo em que o compartilhamento de informações e conteúdo já não tem limites praticamente, por que não compartilhar alguns bens ao invés de possuí-los? Em seu artigo “Melhor que possuir”, Kevin Kelly apresenta seu pensamento a respeito de um futuro próximo sobre os bens que, hoje em dia, possuímos.
            Em seu artigo, Kevin se apropria da maneira de se pensar na internet, para analisar o conceito de posse e colocar em questão o fato de termos a necessidade de possuirmos algo. Se, hoje em dia já temos infinitas possibilidades de “empréstimos” on-line, desde o aluguel de um filme ou livro, até barcos e carros, pode-se refletir que o nosso senso de propriedade está se tornando mais flexível, de maneira que nossa necessidade de possuir algo, está cada vez menor. Desta forma, estamos nos adaptando em fazer aluguéis, não mais em possuir coisas, pois desta forma, utilizaríamos determinados bens apenas pelo tempo que acharmos necessário.
            Podemos pensar que esta possibilidade de alugar os bens ao invés de compra-los, é uma facilidade para consumidores compulsivos, que compram tudo pelo simples prazer de comprar. Ou então por achar que quer muito algo e ao comprar perceber que não havia necessidade, mas a simples vontade de comprar ou possuir. Um dos grandes problemas da sociedade de consumo hoje em dia, a compra compulsiva, poderia encontrar nesta nova fórmula de compra seu remédio, pois ao invés de comprar, essas pessoas alugariam por determinado tempo para satisfazer sua vontade para com aquele bem de consumo. Além disso, a internet propiciaria uma infinidade de possibilidades e produtos para todos, destacando assim, como diz Kevin, a importância do acesso e não da posse em si.
            Pensando assim, em uma visão otimista e livre de um olhar crítico, todos teriam acesso, assim como na internet, para alugarem o que quiserem, a qualquer hora e por qualquer tempo. Mas não podemos nos deixar enganar, pois o simples fato de alugar e não comprar não irá baratear as coisas, apenas alterar o tempo que a pessoa utilizará aquele produto. Portanto, não podemos cair na utopia de que estamos tornando o mundo mais igualitário e acessível à todos. As pessoas poderão alugar barcos, carros, bolsas e os infinitos produtos disponibilizados em um mundo virtual praticamente infinito? Sim, desde que tenham o capital necessário para adquirir aquele aluguel. Agora, se algumas pessoas já se endividam um longo tempo para terem alguns artigos de luxo, os inúmeros aluguéis disponíveis, influenciados pelo bombardeio da mídia para movimentar esta possível nova forma de “consumo”, serão apenas mais uma dívida na listinha pendurada na geladeira.
            Em minha opinião pessoal, creio que essa possível nova estrutura do consumismo apenas expõe a fragilidade do pensamento da sociedade de consumo que vivemos, que em grande maioria, resume-se em “aparecer” e não “ser”. Esta é apenas mais uma das inúmeras diretrizes que o capitalismo pode dar para o consumo e desta forma aumenta-lo e fazer o capital girar de uma nova maneira. Não será a partir de uma nova idealização do Capitalismo que conseguiremos tornar acessível a todos, os bens de consumo apontados como “necessários”. Algumas pessoas parecem estar mais preocupadas em parecer alguém para o mundo do que ser alguém para este mundo. Sendo assim, devemos colocar os conceitos de posse e acesso em uma balança em busca de um equilíbrio, ao invés de depositar todo o peso de um lado só, esquecendo que no meio dos dois conceitos, existe um “medidor” chamado capital, que irá possibilitar ou não qualquer uma das duas ações. Acessar pode ser melhor do que possuir, mas nunca melhor do que o equilíbrio entre ambas.

domingo, 25 de março de 2012

NIKE e a sombra x sombra do Brasil!


Olá fofos,
A Nike sempre faz ações publicitárias ótimas, pode ser que as vezes seu slogan não seja muito elaborado como “JUST DO IT” mas é exatamente por isso que a marca atinge a todas as pessoas e traz esse sentimento de que tudo é capaz, mas quanto a produção de seus vídeo publicitários não temos o que falar porque realmente  são  muito bons
O novo vídeo da Nike traz a seleção brasileira de futebol, obviamente porque  é a patrocinadora oficial.No inicio parece ser algum tipo de jogo com estrelas de futebol como a Nike sempre faz,só que dessa vez além de jogadores de futebol em campo, também tem flashes de famosos do esporte como Anderson Silva e Ronaldo fenômeno e Mascherano sentando em frente a TV para ver o jogo, que até então é narrado como “os penta-campeões enfrentam seu maior adversário” e o uso do jogador Mascherano é totalmente ironico, pelo fato de ele ser um jogador argentino.
 


O melhor momento do vídeo é quando vemos que os “maiores” adversários ,citados pelo narrador, é a própria seleção brasileira só que com o uniforme azul.Isso é fantástico! Ao ver o vídeo vem a tona um patriotismo esquecido e que só acontece em época de copa. A Nike simplesmente coloca o Brasil como time unânime e o melhor ,nos deixando extremamente orgulhosos e prazerosos ao assistir a propaganda, e nos fazendo pensar  “ Meu deus, será que Neymar consegue ganhar de Neymar? “ e “ Nossa, realmente somos os melhores”.

            Ao pensarmos  isso, atingimos exatamente o objetivo da  Nike que é primeiro idolatrar o brasil, e em segundo criar em nós um sentimento de querer se superar, e pensar que se o Neymar se supera e tem o desejo de ser melhor que a sombra dele, qualquer um pode querer.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Foursquare, O que?????


           Dentre tantas redes sociais presentes em nosso meio, você já deve ter ouvido falar do Foursquare, não? Ou ao menos visto alguém “dizendo” que está em determinado lugar como restaurantes, bares, faculdades, parques, enfim, todos os tipos de lugares.
Este, é um aplicativo para celulares, criado em 2009, que funciona de uma maneira muito simples: A pessoa procura o lugar que ela está no aplicativo e faz “check-in” neste lugar, ganhando pontos por isso, ou, quando o lugar não existe, ela cria e ganhando mais pontos. Quando a pessoa é a que mais faz check-in nesse lugar, pode se tornar “prefeita” do mesmo e ganhar mais pontos por isso, por exemplo, quando outras pessoas dão check-in neste lugar com ela.
Ao ver a expansão deste aplicativo no mercado, diversos estabelecimentos se tornaram sócios e promoviam ofertas para os prefeitos desses lugares. Por exemplo, alguns restaurantes se associaram e publicaram no espaço para “ofertas” do aplicativo, que, aquele que fosse o prefeito, teria 15% de desconto na conta, ou então, o prato de sobremesa ou entrada por conta da casa. Ou seja, dessa maneira, os estabelecimentos atraiam os clientes para frequentarem cada vez mais aquele lugar e ganharem as ofertas, criando assim, uma disputa entre as pessoas.
Um bom e bem sucedido exemplo do uso deste aplicativo, realizado pelo McDonald’s no ano de 2010, pode nos ilustrar uma das inúmeras formas de aplicá-lo no universo da publicidade. Aproveitando o dia do Foursquare Day, uma ação do aplicativo realizada no dia 16 de abril daquele ano, a empresa passou a distribuir aleatoriamente cupons de 5 a 10 dólares para quem desse check-in em algum McDonald’s. O foco da campanha em si não era o aumento nas vendas, mas o número de check-ins realizados, o que para o diretor de mídias sociais da empresa, Rick Wion, equivalia a uma pessoa entrando no restaurante. O resultado da campanha foi um aumento de clientes de 33% em um dia, apenas com um projeto piloto que custou apenas mil dólares à rede de fast-food.
Pensando em um universo brasileiro, este próprio exemplo do McDonald’s, pode servir de diretriz para algumas empresas alimentícias de aprendizado para como utilizar este aplicativo de maneira rentável. Porém, não devemos nos prender à uma só ideia e forma de se utilizar mais uma ferramenta no universo da publicidade, afinal, neste universo, o grande desafio é inovar, e os limites.... Existem? Enfim, não só os restaurantes podem usar, mas qualquer empresa que enxergue este aplicativo de uma forma criativa e útil para o mercado em que atua, e desta forma fazer a diferença e conquistar seu espaço na mente do consumidor, o sonho de toda marca.
Sendo assim, os publicitários têm o Foursquare como uma nova ferramenta para divulgação e promoções em prol de suas marcas. Este aplicativo veio de forma inovadora, mas para aqueles que simplesmente “olham” para as coisas pode não parecer algo interessante ou então uma boa aposta. Porém, imagine que se em um dia o McDonald’s conseguiu um aumento de clientes de 33% com uma simples promoção, o que não podemos ganhar com um projeto bem elaborado e de longo prazo? As oportunidades e ferramentas estão ao nosso dispor, basta sabermos como usá-las. Por isso que devemos abrir os olhos para todas que nos rodeiam, não apenas flutuarmos sobre as ondas, mas saber como surfá-las. Portanto preste atenção! Um simples check-in pode lhe valer uma presidência!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Realidade Arriscada



A realidade aumentada é a utilização de uma imagem em 2D, geralmente em preto e branco, que funciona como um código para ativar uma ação em 3D digital.  Esta ação foi introduzida recentemente para a publicidade, sendo assim ainda pouco utilizada. Mas por utilizar-se de recursos digitais e por ser interativo com o consumidor, chama a atenção principalmente da geração mais jovem.
Esta inovação é similar ao QR Code, que através de um código impresso e a captação pelo dispositivo móvel, um conteúdo em 3D ou uma animação é ativado na tela.


 Encontramos um bom exemplo da realidade aumentada na publicidade para mostrar como funciona. A marca de relógio suíça Tissot, lançou um aplicativo de realidade aumentada no seu site que permite que os usuários experimentem modelos do relógio em 3D online. Também disponibilizam uma atividade interativa com características inovadoras da marca. Para poder ativar este recurso, os consumidores precisam recortar o relógio com o código do anúncio e colocá-lo no pulso, em frente a webcam. Dessa forma, será possível que o consumidor visualize os diferentes modelos em seu pulso.


A idéia da realidade aumentada aqui no Brasil ainda é muito nova, com isso pode ter certos problemas quanto à propagação dessa publicidade. As pessoas nem sempre são motivadas a guardar um anúncio para levá-lo ao computador, ou as vezes não entendem como funciona a ação. No entanto, como vivemos numa era digital, acreditamos que é uma idéia interessante e que ainda vai ter muita repercussão.

domingo, 4 de março de 2012

Da cultura das Midias para à Cibercultura


O blog perspectiva M está sempre por dentro das últimas notícias do universo audiovisual publicitário. Mas como chegou nisso? Por que as peças publicitárias são veiculadas dessa maneira? O post de hoje vai tentar esclarecer parte do desenvolvimento da comunicação, dos veículos e da cultura em si. Com base no texto Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós humano, escrito por Lúcia Santaella, pesquisadora brasileira e professora titular da PUC-SP, discutiremos a transição da cultura e seu impacto no comportamento social. Ao longo dos anos, pode-se dizer que o mundo sofreu diversas formações culturais. Da forma que Santaella se posiciona, estas formações não são consideradas ou divididas em épocas, já que este conceito é utilizado quando envolve um término entre uma fase e outra. Quando falamos de cultura, falamos de um processo cumulativo que não requer o total esquecimento de algo aprendido anteriormente.  Com isso, as culturas passadas não se tornam obsoletas e acabam estando sempre presente na formação atual, mesmo que com menos intensidade. A pesquisadora descreve a cultura como sendo um organismo vivo, já que está sempre se adaptando ao próprio desenvolvimento da raça humana e ao que é produzido pela mesma.

Estas pseudo-eras são responsáveis não só por “moldar o pensamento e a sensibilidade dos seres humanos, mas também por propiciar o surgimento de novos ambientes socioculturais.” Dentre as formações culturais estão a cultura das mídias e a cultura digital, ou cibercultura. A autora tenta separar uma fase da outra já que, para muitos, a transição é tão sutil que ambas parecem formar uma cultura só. Também não são colocadas como fases opostas ou divergentes dado que a cibercultura é resultado de todos os processos comunicacionais envolvidos na cultura midiática. Santaella situa a cultura das mídias como intermediária por estar entre a cultura das massas e a cibercultura. A cultura midiática é uma cultura voltada para os meios, ou veículos, comunicacionais. McLuhan, filósofo e educador canadense, escolhe enfatizar a importância do veículo com sua frase “o meio é a mensagem”, mas Santaella prefere argumentar que o meio é apenas o princípio dos processos comunicacionais, e por isso é a etapa mais superficial. O fundamental que deve ser extraído da formação cultural midiática é o processo em que as diferentes linguagens se misturam nos veículos híbridos. Em outras palavras, todas as culturas anteriores, da escrita, da oralidade, da imprensa e das massas acabam se convergindo nesse período. Enquanto antes era comum se informar através da leitura do jornal diário, agora o receptor passa a receber notícias e informações através da televisão.
A partir desse momento ele escuta e assiste às notícias, quando antes ele lia sobre as mesmas. Tudo se torna disponível: não está em casa na hora do jogo? Deixe uma fita no videocassete gravando o conteúdo para assistir depois. Nesta fase, os receptores passam a buscar por informações e conteúdo de entretenimento específicos, diferente da cultura das massas onde todos eram alvos para um conteúdo generalizado. Já a cibercultura envolve a convergência das mídias da fase anterior. O avanço tecnológico é o fator dominante que possibilita e molda esta tendência. A melhor forma de entender este hibridismo é percebendo que há algum tempo atrás tínhamos diversos aparelhos e equipamentos – cada um responsável por uma função do processo comunicacional. Hoje em dia é possível informar-se e entreter-se a partir de um único aparelho. Ainda com maior especificidade: antes comprávamos revistas para nos informarmos, ligávamos a televisão quando queríamos assistir a um filme, e tocávamos um cd no rádio quando queríamos ouvir música. Hoje em dia fazemos os três ao mesmo tempo ao usar apenas o computador ou até mesmo o celular. No entanto, como marco da cultura anterior, fica a ambição do receptor de ir atrás de tudo que é voltado para ele mesmo. A comunicação está cada vez mais individualizada, assim como o próprio ser humano.
É impressionante ver a progressão da cultura ao longo dos anos e como ela acaba sendo a responsável pela mudança de comportamento da sociedade. Estando sempre em constante evolução, é possível que a cultura digital seja a definidora da cultura que está por vir ou que já está, sutilmente, nos envolvendo.


Paula Mascarenhas

Boticário vendendo sentimentos


Bom dia queridinhos,

Não é de hoje que O Boticário está investido na auto-estima e na vida da mulher ao invés de focar somente nos produtos. Antes eles usavam o slogan “a vida é bonita, mas pode ser linda” o que deu uma ótima repercussão. Fizeram um vídeo publicitário desse tema que era lindo e poético por que o vídeo não citava produtos e sim a vida , como a mulher se sente, como ela é. Obviamente toda mulher se via ou se imaginava no comercial, digo por experiência própria também.

O novo comercial do Boticário não inovou completamente e a marca continua a ter como foco o sentimento da mulher. A diferença é que agora o Boticário tem como objetivo tocar no sentimento de beleza e sensação de ser mulher.

É simplesmente incrível a forma que eles encontraram para mostrar exatamente o que toda mulher deseja, e como ela quer que as pessoas reajam a sua beleza. No comercial nenhuma das características, bonita ou linda, é desprezada, afinal ambos os adjetivos  tem como reação das pessoas o que as mulheres desejam, entretanto no caso de “linda” as reações são bem melhores, o que é prazeroso e preferido pela mulher.
É interessantíssimo também a forma em que a produção colocou a posição das câmeras no vídeo que dão a sensação, para quem está vendo, que é a própria pessoa que está entrando no local e é dela que estão falando e comentando. O que é muito bom e dinâmico para o vídeo, porque a mulher ( que é o público alvo do comercial) se sente na posição de não estar bonita e sim linda. 
A empresa conseguiu colocar uma diferença simples, porém enorme entre os dois adjetivos do quais toda mulher gosta de ser chamada(bonita ou linda) e com essa diferença eles passam a valorizar o produto Boticário que leva o nome “LINDA”.
A escolha de “entre os bons, retirar o melhor” é usada em ambos os casos, ou seja,os dois  adjetivos são bons ,mas LINDA é o melhor, logo o mesmo será feito com o produto, sendo o perfume LINDA o melhor de todos.

Mariana Carvalho